quarta-feira, 9 de março de 2011

QUARESMA = QUARTA-FEIRA DE CINZAS



Papa aponta São Paulo como referência para viver a Quaresma

"O Apóstolo é uma testemunha: suas cartas são a prova eloquente do fato que ele vivia da Palavra de Deus".

Nesta Quarta-feira de Cinzas, iniciou a Quaresma, período forte de preparação para a celebração da Paixão, Morte e Ressurreição do Salvador. É também um tempo em que a Igreja nos convida, de modo particular, às práticas penitenciais da oração, jejum e esmola.

No Vaticano, não houve a tradicional audiência geral. O Papa Bento XVI se deslocou ao bairro romano do Aventino, onde nas Basílicas de Santo Anselmo e de Santa Sabina, presidiu a procissão, a Santa Missa e a bênção e imposição da Cinzas.

Foi no Apóstolo dos Gentios, São Paulo, que Bento XVI se inspirou para a homilia da celebração das Cinzas, partindo do texto da segunda Carta aos Coríntios, proclamada como leitura da Missa: “Suplicamos-vos em nome de Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus”.

"Este convite do Apóstolo – observou o Papa – soa como mais um estímulo a tomar a sério o apelo quaresmal à conversão. Paulo experimentou de maneira extraordinária a potência da graça de Deus, a graça do mistério pascal, de que vive a Quaresma".

"Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, o primeiro dos quais sou eu" – escreveu Paulo na Carta a Timóteo. E logo acrescenta: "Precisamente por isto é que obtive misericórdia, porque Cristo quis demonstrar a mim a sua magnanimidade, para que eu fosse exemplo para aqueles que haveriam de acreditar n’Ele para terem a vida eterna".

"O Apóstolo está, portanto, consciente de ter sido escolhido como exemplo – sublinhou o Santo Padre – e esta exemplaridade diz respeito à sua conversão, à transformação da sua vida, graças ao amor misericordioso de Deus”.

Por outro lado, "São Paulo reconhece que nele tudo é obra da graça de Deus, mas não esquece que deveria aderir livremente ao dom da vida nova recebida no Batismo”. No capítulo sexto da Carta aos Romanos, proclamado na Vigília Pascal, exorta: "Não ofereçais ao pecado os vossos membros, mas oferecei-vos a vós mesmos, a Deus, como seres vivos".

"Nestas palavras está contido o programa da Quaresma segundo a sua intrínseca perspectiva batismal. Por um lado, afirma-se a vitória de Cristo sobre o pecado, ocorrida de uma vez para sempre com a sua morte e ressurreição. Por outro lado, somos exortados a não oferecer ao pecado os nossos membros, isto é, a não conceder espaço (por assim dizer) para o pecado se vingar. A vitória de Cristo aguarda que o discípulo a faça sua".

É o que acontece, antes de mais nada, com o Batismo – explicou ainda o Papa. Mas o batizado, para que Cristo possa reinar plenamente em si, deve seguir fielmente os seus ensinamentos, e não se deve descuidar, para não permitir ao adversário recuperar de algum modo o terreno".

Mas como levar à realização a vocação batismal, como ser vitorioso na luta entre a carne e o espírito? – interrogou-se o Pontífice, que logo recordou os três "meios" que o Evangelho do dia aponta: a oração, a esmola e o jejum. Também sobre cada um deles, Paulo pode servir de guia. No caso da oração, ele exorta a "perseverar", a "rezar ininterruptamente". Quanto à esmola, são importantes as páginas dedicadas à grande coleta a favor dos irmãos pobres e a sua indicação de que é a caridade o cume da vida do crente, o "vínculo da perfeição". Quanto ao jejum, embora dele não fale expressamente, é de notar que ele exorta muitas vezes à sobriedade, como característica de quem está chamado a viver vigilante, aguardando o Senhor que vem.

A concluir, Bento XVI recordou ainda que, "para viver esta nova existência em Deus, é indispensável nutrir-se da Palavra de Deus".

"Também nisto, o apóstolo é uma testemunha: suas cartas são a prova eloqüente do fato que ele vivia da Palavra de Deus: pensamento, ação, oração, teologia, pregação, exortação, tudo nele era fruto da Palavra, recebida desde a juventude na fé judaica, e plenamente desvelada aos seus olhos pelo encontro com Cristo morto e ressuscitado, pregada no resto da vida na sua corrida missionária. Foi-lhe revelado que, em Jesus Cristo, Deus pronunciou a sua Palavra definitiva, Palavra de salvação que coincide com o mistério da Cruz".

PASTORAL VOCACIONAL - PARNAÍBA/PI

Conteúdo acessível também pelo iPhone - iphone.cancaonova.com

terça-feira, 8 de março de 2011

QUARTA-FEIRA DE CINZAS


'Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar'

 Com a imposição das cinzas, se inicia uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver o Mistério Pascal, quer dizer, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.

Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: "matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.

A sugestiva cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus; princípio e fim, alfa e ômega de nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Uma valorização que implica uma consciência cada vez mais diáfana do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.

Sinônimo de "conversão" é a palavra "penitência”…

Penitência como mudança de mentalidade. Penitência como expressão de livre positivo esforço no seguimento de Cristo.

Tradição

Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.

Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.

Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitência pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou a Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.

 Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a quaresma desde a segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Pastoral Vocacional

segunda-feira, 7 de março de 2011

A VOZ DO PAPA



 NÃO CONSTRUIR SOBRE A AREIA DO PODER E DO DINHEIRO

Cristo é a “base sólida” onde erguer a vida

CIDADE DO VATICANO, domingo, 6 de março de 2011 (ZENIT.org) - Cristo é a “base sólida” onde se construir a vida; os fundamentos da existência não devem ser “as areias das ideologias, do poder, do sucesso e do dinheiro”.

O Papa Bento XVI fez essa afirmação neste domingo, ao introduzir a oração do Angelus com os peregrinos presentes na Praça de São Pedro. O pontífice referiu-se à Liturgia da Palavra do dia, que traz a parábola das duas casas, uma construída sobre a rocha e outra sobre a areia.

Com esta parábola, Cristo “coloca o discípulo e seu caminho de fé no horizonte da Aliança, constituída pela relação que Deus estabeleceu com o homem, através do dom de sua Palavra, entrando em comunicação conosco”, disse o Papa.

Jesus “é a Palavra vivente de Deus. Quando ensinava, as pessoas reconheciam em suas palavras a própria autoridade divina, sentiam a proximidade do Senhor, seu amor misericordioso, e louvavam a Deus”.

“Em toda época e em todo lugar, quem tem a graça de conhecer Jesus, especialmente através da leitura do santo Evangelho, fica fascinado por Ele, reconhecendo que em sua pregação, em seus gestos, em sua Pessoa, Ele nos revela o verdadeiro rosto de Deus, e ao mesmo tempo revela-nos, faz-nos sentir a alegria de ser filhos do Pai que está nos céus, indicando-nos a base sólida sobre a qual edificar nossa vida.”

Mas – advertiu o Papa – “frequentemente o homem não constrói sua atuação, sua existência, sobre esta identidade, e prefere as areias das ideologias, do poder, do sucesso e do dinheiro, pensando encontrar neles estabilidade e a resposta à inapagável demanda de felicidade e de plenitude que leva na própria alma”.

“E nós, sobre o que queremos construir nossa vida? Quem pode responder verdadeiramente à inquietude de nosso coração?”, interrogou os presentes.

“Cristo é a rocha de nossa vida! Ele é a Palavra eterna e definitiva que não faz temer nenhum tipo de adversidade, de dificuldade, de moléstia (cf. Verbum Domini, 10). Que a Palavra de Deus possa permear toda nossa vida.”

Por isso, o Papa convidou os presente a “se encontrar, todo dia, com a Palavra de Deus, e nutrir-vos dela, meditá-la continuamente”.

“É uma ajuda preciosa também para se proteger de um ativismo superficial, que pode satisfazer por um momento o orgulho, mas que, ao final, deixa-nos vazios e insatisfeitos”, concluiu.
(Fonte:www.zenit.org).

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

VIDA E OBRA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

 

CONVERSÃO

São Francisco nasceu em Assis, na Itália, no ano de 1182. Seu pai era um rico comerciante de tecidos, o que permitiu a Francisco  uma infância e  juventude  de fartura e a possibilidade de continuar  o  comércio,  como era desejo  de  seu  pai.   [Teve à  sua  disposição  uma vida  bem sucedida e de prestígio junto aos homens, mas preferiu a gloria de Deus]  Quando jovem, Francisco sempre procurou a realização de grandes ideais, destacando-se junto aos amigos com muito entusiasmo. O dinheiro do pai ajudava em seus projetos - vestia  as melhores roupas, dispunha de vinho e comida para promover  festas  entre amigos.   Mas  ainda assim  buscava  uma  causa,  um  motivo  forte  que  pudesse  defender.  [Idealistas  como  todos jovens;  insatisfação pessoal].

Devido  às  desigualdades  sociais  ocorreu uma revolta do povo contra os nobres da cidade  de  Assis. Francisco, assim como muitos  jovens  da  sua  época tomaram partido na causa social do povo. Em socorro dos nobres, Perugia, uma cidade  vizinha  mandou um exercito bem preparado para defender os nobres.  Na luta sangrenta, Francisco  foi  preso  (assim  como  os companheiros    jovens   de  Assis)    e   dessa   forma, permaneceu no  cárcere por  um  ano. Seu  pai  pagou pela sua libertação [procura por Ideais sociais]. 
De  volta  a   Assis,  doente,  enfraquecido  e  sem  projeto  de  vida,  pouco   tempo  depois, Francisco se empenhou em outro ideal -  a  igreja  buscava voluntários  para  as  suas  lutas   em defesa dos territórios.    Francisco,  inspirado  nas  histórias  de heróis e  valentes  cavaleiros, se inscreveu e se preparou com a melhor  armadura  de  cavaleiro procura  por  Ideais  de  justiça].
Após a partida, na primeira  noite  em que   o exército se reuniu junto à cidade  de  Espoleto, Francisco, novamente com febre e doente ouviu a Deus que lhe perguntou - "Francisco,  a quem deves servir, ao Senhor ou ao servo? Ao Senhor respondeu Francisco! Então, por  que  trocas o Senhor pelo Servo? Francisco, compreendeu que deveria servir a Deus, abandonou o seu ideal de  cavaleiro   e  retornou  a Assis  humilhado,  recebendo   as    zombarias  [Despertar de sua vocação].
        Francisco    foi   aos  poucos  se  transformando.   Passava  muitas  horas sozinho, buscava lugares isolados no   campo  e   quando   encontrava   um   mendigo,  doava  o  que  dispunha no momento.    Aos    poucos   foi    se  habituando  à oração. Na sua conversão, sofria as dúvidas e fraquezas humanas. Num momento difícil da sua vida, Francisco encontrou-se  no  caminho  com um leproso, e diante do horror das feridas e do odor, pensou  em  fugir.  Movido  por  um  grande amor, venceu o obstáculo, voltou-se para o leproso, e o abraçou e beijou, reconhecendo nele um irmão. [Aprofundamento da sua vocação pela  oração, e exercício  da  espiritualidade  fraterna e do amor].
Numa  ocasião também  importante,   achava-se   em  oração  na Igreja de   São Damião -  uma  capelinha quase destruída - e olhando  o crucifixo e examinando as paredes caídas ao redor, compreendeu o pedido de Deus. "Francisco,  reconstrói  a  minha Igreja!" [resposta para uma missão]

       Para  empreender  o  projeto  de  reconstruir  a  Igreja,  Francisco retirou   recursos   do   pai.    Este,   já   enfurecido  pelas  atitudes  de Francisco e prevendo o risco de perder  o  patrimônio  nas  mãos  do filho maluco, abriu um processo   perante  o  Bispo  para  deserdá-lo. Diante  das  acusações  do  pai,  na  frente  do   Bispo,  e   de  todos, Francisco tirou as próprias vestes, e nu, as devolveu ao pai dizendo - "Daqui em diante tenho somente um pai, o pai nosso do céu! " [desapego às coisas do mundo, total dedicação a Deus]

Francisco passou a reconstruir as igrejinhas caídas,  com  o  seu  próprio   trabalho,  assentando pedras, comendo do que lhe davam na  mendicância  da  rua,  e  adotou  como  vestes trapos de eremita [Conversão no modo de vida].
OS IRMÃOS 
DEFINIÇÃO DOS CARISMAS
 
Depois   que   reconstruiu a Igreja de São Damião, restaurou também uma  capela  próxima aos  muros  de   Assis  e  uma  outra,  a   Igreja  de  Santa  Maria  dos  Anjos,   conhecida   como porciúncula (que significa pequena porção de terra). Nesta, São Francisco decidiu  permanecer, armando ao lado uma choupana para  dormir.  [Um  simples  "lugar"  no   mundo,  sem  constituir posses]

       Com  o  tempo  São  Francisco compreendeu que  deveria reconstruir  a   Igreja  dos  fieis  e  não  somente  as  Igrejas  de pedra.   Durante   uma   missa na  leitura  do  Evangelho ouve e compreende que os discípulos  de  Jesus  não  devem  possuir ouro,  nem   prata,    nem   duas  túnicas,   nem sandálias... que devem pregar a  Paz  e  a  conversão.    No   dia   seguinte   os habitantes de Assis viram-no chegar, não mais com roupas de eremita mas com uma túnica simples,  uma   corda   amarrada  à  cintura  e  os  pés  descalços.   A  todos  que  encontrava  na caminho dizia. A paz esteja com vocês! [Vida de apostolicidade, peregrino].
São Francisco passou a falar da vida de Evangelho nos lugares públicos de Assis. Falava  e agia  com  tamanha    fé,  que  o  povo  que  antes  o   zombara,  agora  o   ouve  com   respeito e admiração. E assim, o bom Deus, quis que São  Francisco  tivesse  irmãos  de  conversão.  Aos poucos   suas  palavras  foram   tocando   os  corações -  o   primeiro  foi  Bernardo  um  nobre  e  rico amigo seu; depois Pedro  Cattani.  Estes,  agindo  conforme diz o evangelho, doaram tudo o que  tinham  aos   pobres.   [Vida  em   Fraternidade,   partilha,   pobreza,  desapego   dos   bens materiais]

       Quando o grupo chegou a 12 irmãos, São Francisco decidiu ir até  Roma  e  pedir  ao  Papa autorização para viverem a forma  mais  pura do Evangelho,  conforme o desejo e a escolha que fizeram.   O  Papa  achou  que  seria  muito  duro  para  eles   esse   modo  de  vida,  porém   deu permissão  e também  autorizou  que  eles  pudessem pregar. Durante esse período de  visita,  o Papa teve um sinal profético e reconheceu em Francisco,  o homem que em seu sonho segurava a  Igreja  como  uma coluna [uma  regra  de  vida  segundo o próprio Evangelho,  Formação da ordem I, Adesão a Igreja].

Muitos outros Irmãos foram se juntando ao grupo, desejando  viver  conforme  Francisco.  Os frades fizeram suas habitações em choupanas ao redor da Igrejinha da Porciúncula. Dividiam as atividades     entre    oração,   ajuda   aos   pobres,   cuidados   aos  leprosos,  e  pregações  nas  cidades,   também  se  dedicavam  às  atividades  missionários,  indo  2 a  2  a lugares distantes e pagãos; eram alegres, pacíficos, amigo dos pobres .[Atividades e valores Franciscanos] .
Uma grande preciosidade para São Francisco e a Ordem dos Frades Menores veio de uma jovem, de família nobre de Assis, chamada Clara. Ela procurou Francisco pedindo  para  viver  o mesmo  modo  de  vida,   segundo  o  Evangelho,   São   Francisco  ponderou   sobre   as   duras condições que ela estaria se submetendo, mas a recebeu com grande alegria. Clara, depois de se alojar temporariamente num convento Beneditino,  foi   morar no conventinho ao lado da Igreja de São Damião, (que Francisco havia reconstruído). Ela  ajustou  o  modo  de vida  dos  Frades, para mulheres e recebeu, por sua vez, muitas  companheiras de conversão. [Ordem II, igualdade de diretos homens e mulheres].
Muitos Cristãos ouvindo São Francisco,  decidiram  seguir  o  seu  exemplo  e ensinamento, alguns pediam conselhos, e São Francisco  os  orientava  conforme  o estado de vida de cada um.  Para  uma  mulher  e  seu marido,  que  o procuraram,    São     Francisco     recomendou    servir     ao     Senhor permanecendo  em casa.   [Pensamento  de  Francisco  que justifica a posterior criação da OFS] 



DE ASSIS PARA O MUNDO
FRANCISCANOS HOJE
 

São  Francisco  assistiu    ao   crescimento  da   Ordem,   que   se espalhou por diversas partes  do  mundo.  Embora a velhice não tenha chegado, seu corpo frágil se debilitou, agravado por um problema nas vistas  que  o   deixou  quase  cego.   [Embora  doente, São Francisco sempre esteve pronto para o trabalho, principalmente a Evangelização].

Em certos  períodos  São Francisco se isolava para orações e jejum. Numa dessas ocasiões, num monte chamado Alverne,  de  rochas  gigantescas  e escarpadas, o bom Deus quis que ele, que tanto buscou se assemelhar a Jesus, tivesse igualmente as feridas da crucifixão. Com muita dor mas intensa alegria, por ter as marcas de   Jesus  no  próprio  corpo, São Francisco recebeu as feridas que se mantiveram vivas até o fim de  sua vida, 2 anos depois. [Coroamento de Deus, principalmente uma resposta pela sua fé]
 

Quando  desceu   do  monte,  ele  que  sempre  quis  caminhar a  pé, se permitiu montar num burrinho,  tal  era  a  sua  debilidade.   Quando ele se aproximava das cidades, uma multidão já o aguardava - o povo, principalmente os   pobres  e   doentes, desejava ir  ao  encontro  de  São  Francisco. [Misericórdia, vontade de estar junto ao povo]
 

Pouco   antes    de    morrer,    de  passagem  por  São Damião  para   despedir-se  de  Clara   e   suas  irmãs, seu estado se agravou  e ele teve que  passar  a  noite ali, numa choupana, sob condições de intenso frio.  Pela  manhã São Francisco cantava   um  cântico  que  compôs  em  louvor  a Deus, e que chamava  de  Irmão  o  sol, as estrelas, a lua, a terra, o vento e  todas as  criaturas.  [Universalidade de São Francisco, visão do total, respeito a todas as criaturas]
 

Numa  choupana  junto  à  Porciúncula,  no  anoitecer  do  dia   3  de  outubro  de 1226, São Francisco  pede  aos  irmãos que o dispam e o coloquem nu no chão, sobre a terra. Recitando o Salmo 142, que os irmão acompanhavam lentamente, São Francisco morreu cantando.

Por: Frei Alexandre, OFMCap.